Mais um sonho, mais um olhar, mais um despertar.
Ainda na casa que me é familiar, todos me aguardam.
Fugi para a casa ao lado, não muito distante,
A fuga me levava a passar por caminhos gritantes.
Ao lá chegar, subi uma grande escadaria
Me deparei com dois guerreiros, miolionários
Logo pensei: me traçaram uma armadilha.
Cilada de amor? Ora, há envolvimento diário!
Conheci o mais jovem, como é belo e um tanto inocente.
Me identifico com o jovem mancebo e inicia-se uma jornada de descoberta
Descobrimos amizade e respeito. Aprendemos mais da gente.
Sem amor, jogos ou paixão, apenas a pureza da amizade aberta.
Brincamos e rimos juntos, apesar da diferença de idade.
Logo o mancebo inocente confunde seus sentimentos.
Poderia aproveitar-me de sua beleza, inocência e juventude.
Não é do meu feitio. Deixo-o com com seus pensamentos.
O mais velho aparece cá ou lá, mais sábio, mais esperto, a espreitar.
Observa nossos passos com cautela. Não sei se é raposa ou gazela.
Parece raposa, querendo me usar. Vezes sinto que está a esperar.
Espera pela conclusão daquela relação. Quer proteger seu irmão.
O mais velho me olha com desconfiança. Nada pessoal.
É assim desde pequeno. Não sente mais esperança e tal.
Humanidade perdida em seu egoísmo e luxúria, assim pensa.
Não mudará. Sua alma já foi corrompida pela escola da vida.
Bela amizade se formou entre mim e o jovem mancebo.
Foi um sonho, mas sinto sua falta. Sua inocência contagiante.
Pelos outros está sendo enganado, assim percebo.
Nada posso fazer. Não o conheço. Fui no sonho um mero visitante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário