The Perfect Storm

The Perfect Storm
My mind!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Mais um sonho

Um sonho me desperta. Me levanto ainda diante da escuridao da madrugada quente.
O sossego do quarto faz meu coracao acelerar, minhas maos tremulas, porque?
O cafe matinal diario, aromatico, revelador, pacificador nao consigo fazer.
Penso e lembro de meu sonho repleto de enigmas. Quantas duvidas.

Uma casa de praia, parcialmente por mim reconhecida, membros da familia
reunidos num mesmo local, separados pela sua distancia mental, corpos distantes
em comodos diferentes cada membro da familia parece exercer funcao diferente

sonho com os mortos. sonho quando morrem, nunca a pessoa que aparece no sonho\
mas alguem, alguem proximo a mim que fara a passagem, alguem cuja morte esta a espreita.
nesse sonho, a personagem que ocupou a trama central dessa viagem foi minha mae.
nao ouso pensar em perde-la.... mas me tranquilizo ao saber que se ela foi o personagem de meu sonho nao serah protagonista da historia aqui no mundo real.

minha mae, apos fixamente olhar para seu filho, decide entrar para repousar... um quarto lindo, um vento delicioso, brisa da manha, frescor. De repente o cenario mudou... Antes era uma casa, ninguem dentro dela, todos espalhados ao seu redor... pai, mae, irmaos, rostos desconhecidos, pessoas.
entao nesse cenario lindo claro e acolhedor, ela se deita em uma cama branca, macia, grande, um cama que te chama, um quarto que pede a sua presenca. Tudo dentro desse quarto eh claro e tem um que de liberdade, janelas abertas, vento soprando, o mar la fora, ainda eh dia... Ela se deita, enquanto todos permenecem do lado de fora. Estou com ela, a aconchego na cama, sussurro palavras que nao me recordo e como num conto de fadas ela adormece.... Eu sinto que eh um sono profundo, sem despertar.

Em seguida, minha falecida e querida avo aparece e me diz que esta cansada tambem, precisa dormir novamente. Ela veio apenas para me auxiliar e me guiar na passagem de outro.

Ela me pede ajuda para deitar-se e cobrir-se, num quarto com o mesmo esplendor do outro, a mesma luz, a mesma sensacao de paz e serenidade, mas uma cama menor, talvez pequena pra ela... Ela se deita, recosta a cabeca no travesseiro, me pede para deixar a porta semi aberta: nao quer que minha mae fique preocupada. Nao entendi, achei que fosse com ela... Agora ca escrevendo, compreendo. Quando me disse aquilo, era ela a responsavel pela passagem, ela cuidaria para que tudo corresse bem, no novo mundo, entao ela precisava estar visivel...

Ventava muito, um vendaval, pareciam ventos de tempestade, mas o sol ainda brilhava. Assim, ajeitei as cortinas. Pensei em dar um no em uma que insistia em fugir, mas vovo nao deixou... Me pediu que deixasse tudo correr solto, pq cada coisa tem sua razao de ser...

Fiquei ali parada, sem entender nada, olhando para seu corpo inerte na cama, mas com um sorriso faceiro, docil... Ali nao havia dor, dentro daqueles quartos estavam protegidas.

Voltei pra fora. Nao era minha hora. Voltei a dor e o sofimento de observar meu irmao se acabar, dia apos dia, pouco a pouco lentamente, como uma morte por arsenio, que pode levar anos, a depender da dosagem do envenenamento...

Voltei para a varanda. Nada mudou... Tudo no mesmo lugar, todos distantes, pensantes, reclusos, isolados e e indo de um lado para o outro sem saber o que fazer...

De repente surge um bebe, parecido com meu sobrinho, ora no colo de um, ora no colo de outro. Quando me via pedia meu colo, meu carinho, meu calor, nao queria desgrudar, e eu o carregava comigo. As vezes nao conseguia olha-lo no olho, tao igual ao pai, fisicamente, tao dócil e ingênuo como o pai um dia fora... quanta tristeza e magoa vejo nesse menino... 

antes do sono profundo descrito acima, em um momento ele, meu sobrinho, estava ao lado de minha mae, quando me viu, se pulou, se jogou, num impulso tao feroz, quase se machucou...

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nua, por duas vezes, me viram, tomando banho, a porta de abriu, pessoas riram...

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Numa mesa de bar, no que parecia ser uma estrada, me vejo do alto, como se nao fosse eu, mas era meu corpo, minhas palavras a humilhar e destrocar minha mae... Todos riam numa tentativa desesperada de levar os comentarios desnecessarios em tom de brincadeira, mas seus rostos abaixados, soh ela me olhava, com  certa tristeza no olhar, tentando esbocar um leve sorriso e entrar no clima da brincadeira...
Me senti mal.

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Dentro da casa, parecia agora outra casa, vejo bagunca e desordem. Drogas e bebidas juntas com cigarro em um quarto, meu irmao, diversos rostos, nao me lembro de um sequer, soh do dele, me olhando, rindo, como se estivesse fazendo tudo aquilo para me provocar...

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Antes de tudo porem, estava com meu pai do outro lado da casa, muito quente e perturbador, com um termometro recem instalado, que marcava minima de 33, maxima de 43... Ele conversava comigo. Nao me recordo o assunto, mas tudo girava em torno do termometro, sua marcacao, sua temperatura. De repente o termometro sucumbiu diante de tanto calor, pirou, ficou desregulado, aconselhei meu pai a deixa-lo em outro lugar, pois ali onde estava funcionava como um explosivo, muito exposto, embora coberto por um muro de terra, um monte, uma pequena montanha protetora....a casa rebaixada no vale...

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Mais uma volta pela casa, ao seu redor do lado de fora, todos juntos e separados, como sempre foi, e sempre serah...


O sol nao nasceu, eh mto cedo. ja ouco os passaros cantando, mas meus olhos se fecham sozinhos... vou deitar, mas ja acordarei...

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