The Perfect Storm

The Perfect Storm
My mind!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sussurros de uma paixão




Não houve sussurro. Não houve uma fala. Não houve contato. 
Foi assim. Silencioso e esquecido. 
Assim foi. Descontente e ignorado.
Como a brisa. Passou despercebido.
Como um furacão.Tudo acabado.
Aquilo que não começou foi destruído.
Aquilo que começou, acabou.
Se não começou, como acabou?

O gosto, o cheiro, o tato, o gosto.
Permaneceu. Ficou. Não se foi.
Nunca se foi. Não havia como fugir.
Quando queria chorar tinha que sorrir.
A angústia no peito, a dor  no coração
características da paixão.
Mas não há paixão. Não há comoção.
Não há relação. O que há então?


Não houve sussurro. Não houve uma fala. Não houve contato. 
Foi assim. Silencioso e esquecido. 
Assim foi. Descontente e ignorado.
Como a brisa. Passou despercebido.
Como um furacão.Tudo acabado.
Aquilo que não começou foi destruído.
Aquilo que começou, acabou.
Se não começou, como acabou?


Começou com  sussurro, olhar, fala e contato.
Foi assim. Delicioso e rápido.
Assim foi. Perigoso para o destino.
Um vendaval. Escuro e límpido.
Uma bagunça. Preciosa e linda


O gosto, o cheiro, o tato, o gosto.
Marcou. Ficou. Não se foi.
O pensamento não se foi.
O corpo sucumbiu.
Mas a alma não os alcançou.
E o destino os separou.
A paixão sequer começou.
Fica na mente a utopia do que poderia ter sido,
caso o destino e a alma não os tivesse separado.




Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões


Nenhum comentário: