The Perfect Storm

The Perfect Storm
My mind!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Refúgio em meio ao caos urbano - parte 2














Como entendo Vinícius! Venho para cá sempre que quero desabafar, imaginar, fantasiar. 

Tenho muitos dias de certeza. Aliás sou bem conhecida pela minha razão e certeza. Dificilmente me deixo levar por emoções e sentimentos. Uns dizem que sou fria, já fui nomeada de "Cruela".  Creio que leitores desse blog não possam me imaginar assim, tão fria, objetiva e racional. Afinal aqui sou paixão, emoção, sentimentos a flor da pela.

A coisa mais linda que ouvi foi de um amigo aos 14/15 anos. Já naquela época ele me disse que eu era como um pérola negra. Rara, difícil de ser encontrada, cujo o casco exterior que a protege é extremamente resistente. Na minha ingenuidade considerei aquilo como um elogio, acredito que ele também, pois era o único que deixava penetrar na casca para chegar até a pérola. E como conversávamos sobre tudo e todos, sentimentos, razões, emoções.

Apenas amigos nada mais. Talvez hoje em dia seja difícil imaginar isso, mas back then, era o que era. A vida nos afastou, crescemos, ainda mantemos contato, mas agora a casca não te brecha pra ele. Uma pena, pois nossas conversas eram sempre agradáveis, esclarecedoras e sempre havia uma palavra de conforto.

Como é bom ter amigos assim, que não julgam, que ouvem, que dizem o que vc precisa ouvir de um jeito todo especial.

Olha sou desconfiada até da minha sombra, daí o lado anônimo desse espaço. Talvez um dia o divulgue.... hum, mais provável que não.

Enfim, voltemos ao assunto principal. Quando muito nova era da filosofia de todos gostam de ouvir elogios, palavras bonitas e incentivos... Sim, eu era fechada, mas tentava expor "algum sentimento".

Acho que não conseguia, pois um dia um namoradinho meu me disse que eu era fria. Pensei: eu, logo eu, cheia de emoção, amor e carinho para dar. Logo percebi que era como Vinícius, ficava nas palavras, na época num diário de papel. Me faltava coragem para abrir meu coração e meus sentimentos.

Um belo dia, mais pra frente, resolvi expô-los a outro. Foi uma experiência boa de início, mas depois aconteceu algo que ão sei bem explicar. Cansei, enjoei, desisti e assim foi com muitos namoradinhos. Voltei a ser fria, voltei a me concentrar em mim, voltei ao plano das palavras. Foi quando percebi que tinha um poder. O poder de conquistar quem quisesse  do sexo masculino apenas com essa frieza, com a "não importância". Conquistava pelo simples fato de conquistar. Não queria nada. Fugia. Ignorava. Não dava atenção.  E até mais esperto se apaixonava por mim ainda que não fosse correspondido e eu tinha muitos aos meus pés. Então eu aprendi que tinha um poder. Todas as mulheres têm.

Contudo, essa frieza conseguiu ser quebrada uma vez. Duas vezes... porque me deixei levar pela emoção, pela euforia, pelo sentimento, só por isso, me deixei levar... Quis me deixar levar, foi proposital. Não atentei para os riscos que corra. Pensei posso ser eu. Quero ser eu. Quero ser livre. Quer me libertar da minha fortaleza e me jogar do penhasco, talvez eu caia num mar de rosas ou num mar revolto.

Tudo tem um preço, a bem da verdade, me parece que cai novamente no mar revolto, mas dessa vez sem aproveitar os louros de uma paixão, como a do meu passado. Me enganei com os sinais. Fico imaginando logo eu, que dou tantos conselhos por aí, que sou tão observadora, que sou tão racional.

Só posso chegar a uma conclusão: Sou humana e a vida não pode ser controlada o tempo inteiro, por mais que se tente.




Nenhum comentário: