Eu sou o que sou não o querem que eu seja.
Nesse mar aflito de ilusões e fantasias me perco.
Saio sem rumo, sem destino, a velejar.
Não sei aonde nem quando chegar, mas velejo.
O mar é vasto, sua água verde densa, fria
não esconde seus perigos mais profundos
aqueles sombrios, carentes de alegria
que se encontram muito ao fundo.
Eu sou o que sou e não que querem que eu seja.
Sou flor, espinho, pecado.
Sou vela acesa, chama apagada.
Sou cravo sou canela sou fechado.
Não passo de uma imensa fachada.
O sol brilha no horizonte, lindo, quase puro.
Raios queimam ao sinal de excessiva exposição.
Mas seu calor aviva sentimentos terrenos.
Tanto sol e mar carregam essência de meu coração.
Um coração quente e frio, denso e vivo
Um coração sombrio e esperançoso.
Um coração quebrado, desiludido.
Apenas confuso e nada presunçoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário