The Perfect Storm

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My mind!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O que um beijo pode representar?



Normalmente um ato impensado, como um simples beijo, tem diferentes significados para as pessoas envolvidas. Normalmente homens e mulheres têm sensações bem distintas que podem ir da simples excitação carnal a inexplicável compatibilidade.

Pessoas bem resolvidas não se deixam levar por beijos, pois beijos são beijos, não são contratos ou promessas.

Pessoas que se fazem de forte, a maior parte que conheço, em especial as mulheres, acreditam que beijos intensos e compatíveis têm razão de ser e momento para acontecer. Muitas falam em destino. Sinceramente em todos esses ano nunca acreditei nisso.

Um beijo é um beijo. Simples assim. É algo íntimo, mais íntimo que sexo, pra mim, e define muito do que se pode esperar de um relacionamento. Mas isso é algo tão particular de cada um... Cada um sente um beijo de uma forma diferente. Um beijo não é um contrato de exclusividade ou promessa de fidelidade, mas pode ser algo divino, algo inexplicável e nunca sentido até aquele determinado momento.

Afinal para achar a "boca certa", namoro, outras pessoas ficam, se pegam. Não sei como é ter uma relação puramente carnal. Nunca tive. Não posso avaliar nem dar opiniões sobre isso. Sempre houve algum tipo de sentimento envolvido em meus relacionamentos, mesmo que eu não soubesse defini-los de início.

Relacionamento - palavra curiosa. O que é um relacionamento?

Poucas pessoas se apaixonam verdadeiramente na vida. E a paixão é um sentimento cruel, é cego, é surdo, mas nao é mudo. Essa é a minha experiência sobre a paixão.

Sempre fugi da paixão. Nunca me deixei estar apaixonada, exceto por única vez. Foi a época mais intensa, feliz, impensada, arriscada, deliciosa da minha vida. Foi também a que deixou mais mágoas, desilusões, sensação de vazio, boca seca, desespero.

Foi há quase 10 anos, pouco menos, eu ainda acreditava em todas as palavras que me eram ditas. Após pouco tempo, a paixão deu lugar a dor, muita dor, sofrimento e prometi a mim mesma que foi a primeira e única vez que me deixaria apaixonar.

Mas para ser bastante sincera, uma pessoa que não vive uma paixão arrebatadora, avassaladora, perde muito. Perde experiência, perde aprendizado. Não aprende a se prevenir. E o principal: perde a delícia do que é estar apaixonado. Então, por uma vez na vida, eu acho que vale a pena. Voltando no tempo, faria tudo de novo... Me fez crescer, me fez ser um pouco do que sou hoje, me ajudou, me fortaleceu, e foi extremamente divino enquanto durou. Deixou marcas. Mas isso é normal. Todas as nossas experiências amorosas ou não nos deixam experiência e conhecimento.

Não sou de paixões. Sou de amores. Por que? Não sei. Minha criação deve ter afetado meu lado afetivo. Amei ao longo da vida verdadeiramente duas pessoas. Disse "eu te amo" a mais de uma, às vezes praticamente obrigada, às vezes por ouvir e ficar sem graça, outras vezes porque sinceramente achava que sentia.

Não tenho muitas experiências com pessoas diferentes. Gosto de experimentar pessoas por um bom tempo, entendê-las, decifrá-las e avaliar se são compatíveis comigo, com o que eu espero. Mas ao mesmo tempo passei por muitas situações diferentes com todos, o que me enriqueceu e fez com que eu amadurecesse e lidasse com muitas situações difícies precocemente.

Pode ser que eu ame de novo um dia outra pessoa. Não é esse o momento. Hoje amo uma pessoa e tenho o coração partido por uma suposta paixão utópica, ilusória que existiu somente dentro da minha cabeça. Talvez culpa da carência, da fraqueza, do desafio, do desconhecido, do diferente.

E essa pequena luz de paixão utópica consome minhas energias. Meu amor verdadeiro, ao meu lado, me dando apoio e suporte.

Por que nunca fui apaixonada por ele? O sentimento começou pequeno, cresceu, amadureceu e virou amor. Mas sempre achei que o amor se iniciasse com a paixão... Será que me equivoquei? Sempre me faço essa pergunta, mas não a faço a mais ninguém. Será que o verdadeiro amor começa singelo e depois conquista a confiança e o respeito e se transforma em amor, mesmo sem ter antes sido paixão.

É realmente estou longe de saber todas as respostas. O que me resta é relatar minhas experiências por aqui ao longo dos anos e depois relê-las para tentar entender um pouco mais sobre mim mesma, meus conflitos eternos, minhas dúvidas, minhas certezas quase absolutas que cada vez mais percebo que de certas nada têm.

Por isso dizem que ninguém manda no coração, mas eu mandona do jeito que sou, sempre quis e consegui mandar no meu. Se perguntar se isso é bom ou ruim, não saberei responder.

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