A busca pelo auxílio começa pelo apoio em terceiros. Tento ajudar com uma conversa, mas a verdade não me é revelada.
- A verdade dói, dilacera, e me envergonha. É difícil contar detalhes dessa história
- Ora, melhor entāo que suas experiências não sejam contadas! Guarde-as para si.
- Como ousas retrucar assim?! Em minha pele nāo estás! Melhor que eu pare por aqui.
- Ah, o medo toma conta ti?! A vida não é fácil como pensas. Tropeçarás muito mais!
- Não me conheces rapaz, deixe-me em paz com meus devaneios e dores terrenas.
- Opa, espetei o vespeiro com vara curta, linda menina, sempre enfezada. Pensas que não percebo quando distancias-te da realidade. Conheço-te bem. Foges de mim como o cavalo selvagem briga com seu doutrinador.
- Não fujo de ti e de nada. Deixe-me em paz, te suplico humildemente.
- Não posso, alma selvagem. Por baixo do véu que te cobre e te protege, há um pedido de socorro. Sou capaz de sentir o odor que sai de seus poros revelando sua dor e sofrimento. Vejo em teus olhos e olhares a tristeza que carregas. Vim ajudar-te.
- Agradeço por tua consternação. Entenda, não necessito de tua ajuda nem de mais ninguém.
- Ainda não amoleci esse duro coração? Seja humilde, aceite ajuda, senão minha, de outro. Conheço tua história que começou quando ainda eras uma pequena morena, criança e ingênua, de olhos desconfiados e atentos. Minha morena, deixe-me entrar em tua vida afinal. Entendo-te como nenhum outro. Amo-te como nunca amei dantes. Não tente convencer a ti mesma, que não a conheço. A sintonia é aparente. O sentimento é mútuo. Negar é postergar o inevitável. Aceita-te como és, como amas, quem amas, apenas aceite-te. Meu desejo é que, em meus braços, fiques. Em minha cama deites. Em meu colo chores. Sou teu, sempre serei. Confies em mim. Abra-te comigo. Conte-me aquilo que te afliges há tantos anos. Me deixe ajudar-te.
- (...)